"Ouija" digital? Empresa de inteligência artificial Seance AI promete última conversa com ente querido falecido
Empresa tem proposta polêmica de "reviver" mortos com IA
Foto: Toa Heftiba/Unsplash
Uma nova empresa chamada Seance AI está chamando a atenção no mundo da tecnologia. Diferente de outras iniciativas que promovem a preservação da memória de entes queridos falecidos, a companhia dos EUA propõe algo mais ousado: a possibilidade de ter uma breve conversa com os mortos.
A empresa está produzindo o AE Studio, serviço que usa a tecnologia da OpenAI
, dona do ChatGPT
, para criar uma representação digital dos falecidos e permitir interações via chatbot.
A proposta da Seance AI levanta questões, no mínimo, polêmicas sobre como lidamos com o luto e a perda;
Segundo o criador do serviço, Jarren Rocks, a intenção é fornecer uma experiência de curta duração que ofereça um senso de encerramento emocional;
O serviço age como um "psíquico digital" que cria uma representação algorítmica do falecido, permitindo aos vivos terem uma última conversa.
Em entrevista ao portal Futurism, Rocks reconheceu que, em seu estado atual, o serviço não é capaz de manter uma conversa longa e que a repetição pode ser perceptível.
De acordo com o site, a experiência para alguns usuários do produto foi estranha. Durante uma demonstração, um dos clientes relatou que as primeiras mensagens eram convincentes, com aproximadamente 80% de autenticidade. No entanto, à medida que a conversa avançava, o chatbot se tornava repetitivo, gerando uma sensação de vazio.
Com diversas tecnologias usando a inteligência artificial
para desafiar limites humanos considerados, até então intransponíveis, muitas iniciativas tentam afastar de seus produtos uma imagem macabra ou surreal. Não é exatamente este o caminho vislumbrado pela Seance AI.
"Estamos tentando fazer com que pareça o mais mágico e místico possível", disse o empresário ao Futurism.
Ainda não há informações claras sobre o custo do serviço da Seance AI, mas a empresa está considerando um modelo de pagamento por sessão para evitar o uso excessivo e irresponsável da ferramenta. O objetivo é oferecer uma opção para aqueles que buscam algum tipo de encerramento emocional, sem criar uma dependência ou ilusão de imortalidade.
Pesquisa utilizou células da levedura Saccharomyces cerevisiae como modelo para o envelhecimento humano
O envelhecimento se nota principalmente pela perda de volume no rosto
Foto: Getty Images / BBC News Brasil
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA) afirmam ter decifrado os mecanismos essenciais por trás do envelhecimento. Eles descobriram uma solução capaz de retardar esse processo em mais de 80%. Os resultados foram descritos em um estudo, publicado em 28 de abril, na revista Science.
Usando biologia sintética, a equipe de cientistas conseguiu projetar uma solução que impede que as células atinjam seus níveis normais de deterioração associados ao envelhecimento.
As células, incluindo as de leveduras, plantas, animais e humanos, contêm circuitos reguladores de genes responsáveis por muitas funções fisiológicas, incluindo o envelhecimento.
Como explicou o professor Nan Hao, autor sênior do estudo e codiretor do Instituto de Biologia Sintética da universidade, esses circuitos de genes podem operar como nossos circuitos elétricos domésticos que controlam dispositivos como eletrodomésticos e automóveis.
Processo de envelhecimento
Durante as pesquisas, cientistas descobriram que as células seguem uma cascata de mudanças moleculares ao longo de toda a sua vida até que eventualmente se degenerem e morram;
No entanto, também perceberam que células do mesmo material genético e dentro do mesmo ambiente podem viajar por rotas distintas de envelhecimento;
Cerca de metade das células envelhece devido a um declínio gradual na estabilidade do DNA, onde a informação genética é armazenada;
A outra metade envelhece ao longo de um caminho ligado ao declínio das mitocôndrias, as unidades de produção de energia das células.
Retardando o envelhcimento
A equipe estudou as células de levedura Saccharomyces cerevisiae como modelo para o envelhecimento humano. Com isso, pesquisadores desenvolveram um protótipo e modificaram geneticamente o circuito que controla o envelhecimento celular.
No estudo atual, as células de levedura que foram religadas sinteticamente e envelhecidas sob a direção do dispositivo oscilador sintético resultaram em um aumento de 82% na vida útil em comparação com as células de controle que envelheceram em circunstâncias normais.
Os resultados revelaram “a extensão de vida útil mais pronunciada em leveduras que observamos com perturbações genéticas”, escreveram.
Numa pesquisa anual da Microsoft, cerca de 70% dos trabalhadores entrevistados afirmaram que delegariam tarefas à IAs para aliviar o fluxo de trabalho
Cerca de 70% dos trabalhadores delegaria tarefas para inteligências artificiais para aliviar a própria carga de trabalho, apontou uma pesquisa realizada pela Microsoft. Publicados nesta terça-feira (9), os dados da a Annual Work Trend Index mostram que a maioria dos funcionários se sente sobrecarregada com falta de tempo e energia para lidar com o ritmo da rotina.
A pesquisa entrevistou cerca de 31 mil trabalhadores em 31 países e confrontou as respostas com as estatísticas de produtividade obtidas nos softwares da suíte Microsoft 365 para identificar "como IA vai moldar o futuro do trabalho".
Foto: Freepik / Canaltech
O levantamento concluiu que:
64% dos trabalhadores sofrem pela falta de tempo e energia para concluir as próprias tarefas à medida que o ritmo de trabalho e circulação de informação acelera;
68% dos entrevistados não conseguem ter tempo de concentração ininterrupta para focar em tarefas no horário de serviço;
60% dos líderes consultados estão preocupados com a falta de inovação no seu ramo de trabalho.
Solução: inteligência artificial
Como alternativa para a falta de tempo e inovação dentro do ambiente de trabalho, empregadores suíços e gerentes estão interessados em empoderar funcionários com ferramentas alimentadas por IA ao invés de substituí-los. "Os gerentes suíços têm 1,5 vezes mais chances de dizer que querem aumentar a produtividade com IA em vez de reduzir o número de funcionários, e os funcionários sabem o que eles ganham com isso", pontua o relatório da Microsoft
E a ideia nem é tão fora da caixa para trabalhadores: 70% dos entrevistados afirmam que delegariam para uma inteligência artificial tanto trabalho quanto fosse possível a fim de ter uma carga de trabalho menor. Sendo a maioria deles predisposta não só compartilhar com máquinas as tarefas administrativas, mas também analíticas (79%) e criativas (73%) que compõem seus cargos. No Brasil, 88% usariam IA em obrigações analíticas e 82% em criativas.
"Dados mostram a clara necessidade de se separar a mensagem do barulho e fazer reuniões mais efetivas, criativas e orientadas à prática. E num mundo onde criatividade é a nova produtividade, o débito digital é mais do que nunca uma inconveniência, é uma ameaça à inovação", pontuou o vice-presidente corporativo da Microsoft, Jared Spataro, no vídeo de apresentação do estudo.
IA requer treinamento
Contudo, o uso de inteligência artificial não seria a troco de nada. Aproximadamente 82% dos empregadores entendem que precisam contratar funcionários preparados para a evolução de ferramentas com os modelos avançados.
Apesar de ser necessário, a intervenção humana ainda se fará necessária num mercado de trabalho cheio de inteligência artificial. As capacidades de análise, resiliência e inteligência emocional humana são consideradas essenciais pelos trabalhadores ouvidos pela MS.
Houve mais de 3.600 incidentes de pessoas relatando problemas com a plataforma de mídia social liderada por Elon Musk
Getty Images
Fachada da sede do Twitter
Os serviços do Twitter caíram para milhares de usuários nesta segunda-feira (1), de acordo com o site de rastreamento de interrupções Downdetector.com.
Houve mais de 3.600 incidentes de pessoas relatando problemas com a plataforma de mídia social liderada por Elon Musk, segundo o Downdetector, que rastreia interrupções reunindo relatos de status de várias fontes, incluindo erros enviados por usuários em sua plataforma.
O Twitter não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Os usuários do Reddit reclamaram que o site os desconectou inesperadamente e não conseguiam fazer login.
Um aparente erro no sistema do Twitter restaura temporariamente o selo azul de antigas contas verificadas na plataforma
Um aparente bug no sistema do Twitter permite que antigos usuários que tinham o selo de verificação visualizem novamente o blue check em suas contas — pelo menos temporariamente.
Foto: Alexander Shatov/Unsplash / Canaltech
O selo azul reaparece em contas previamente verificadas ao editar a biografia de perfil. Para alívio de quem não quer ser confundido como um assinante do Twitter Blue, o selo some ao atualizar a página. A falha que permite visualizar o antigo selo de verificação no Twitter foi registrada nessa segunda-feira (1º).
Selo azul reaparece em bug
Em nosso teste, o check azul apareceu com qualquer alteração em campos na página de perfil. A plataforma voltou inclusive a informar o motivo de a conta ser verificada. "Esta conta é verificada, pois é uma pessoa notável no governo, nas notícias, no entretenimento ou em outra categoria designada" — nesse caso, a antiga descrição utilizada para jornalistas.
Selo de verificação reaparece ao editar o perfil no Twitter (Imagem: Captura de tela/Guilherme Haas/Canaltech)
Foto: Canaltech
O selo sumiu após alguns instantes de navegação pela rede social, ao atualizar a página ou publicar um novo tweet. Mas a cada nova edição do perfil, o check reapareceu na conta.
Selos de verificação e o Twitter Blue
O Twitter removeu os selos de verificação de pré-existentes no dia 21 de abril, como uma forma de obrigar a assinatura do Twitter Blue. A resposta dos usuários foi uma campanha contra o serviço pago e as novas políticas adotadas pelo atual dono da plataforma, o bilionário Elon Musk.
Como resultado, o Twitter Blue registra um ritmo lento de novas assinaturas. Desde então, Musk tomou outras decisões impopulares, como redistribuir compulsoriamente o selo para famosos com mais de 1 milhão de seguidores e priorizar as contas verificadas (lê-se pagas) na rede social.