Aparelhos celulares podem ser usados, em breve, para combater a poluição sonora --algo irônico, tendo em vista a direção distraída pelos toques de celular.
Em uma tentativa de fazer com que cidades fiquem mais silenciosas, a União Europeia solicitou para que os países-membros criassem mapas de barulho das suas áreas urbanas, atualizados em um intervalo de cinco anos.
Melhor do que distribuir caros sensores por toda a cidade, os mapas são criados a partir de modelos de computador que vaticinam diversas fontes de barulho, como aeroportos e estações de trem, que influenciam áreas ao redor.
Nicolas Maisonneuve, do Sony Computer Science Laboratory, em Paris (França), disse que aqueles mapas não refletem precisamente o barulho ao qual os residentes estão expostos.
Para dar um reflexo mais preciso, a equipe de Maisonneuve desenvolveu o NoiseTube, um aplicativo que as pessoas usam nos smartphones para monitorar a poluição sonora. "O objetivo era transformar o celular em um sensor ambiental", diz Maisonneuve.
O aplicativo grava qualquer tipo de som, extraído pelo microfone do celular, juntamente com a coleta da localização por intermédio de um navegador GPS. Usuários podem rotular os dados com informações adicionais, como a fonte do barulho, antes de que eles sejam transmitidos pelo servidor NoiseTube.
O software funciona apenas em aparelhos Sony Ericsson e Nokia, mas vai ser atualizado para rodar com o microfone de qualquer outro aparelho celular. "Estamos trabalhando em um método para calibrar automaticamente os microfones", diz ele.
O projeto está despertando o interesse de várias agências no mundo. "O Noise Tube pode fornecer uma ferramenta adicional para especialistas em barulho e formadores de opinião dentro do mercado de poluição sonora", diz Andrea Iacoponi, da Arpat, agência de proteção ambiental radicada em Pisa, Itália. "E pode ser usado para melhorar a precisão das Diretrizes Europeias quanto aos mapas estratégicos de barulho."
Amrit Kaur, da Awaaz Foundation, organização não-governamental radicada em Mumbai, Índia --cidade que está brigando contra a poluição sonora, concorda. "O NoiseTube nos dá poder para oferecer aos cidadãos uma real ferramenta de mudança nas condições de vida", diz ela.
O domínio "brazil.com" foi vendido no terceiro trimestre do ano, antes de o Rio de Janeiro ter sido escolhido como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, por US$ 519.480, informaram fontes da plataforma internacional de compra e venda de domínios "sedo.com".
O domínio "brazil.com" foi o quarto mais caro vendido no trimestre, depois de "call.com", comprado por US$ 1,14 milhão; "server.com", por US$ 814 mil; e "christian.com", por US$ 618.212.
No terceiro trimestre de 2009, dez mil domínios mudaram de propriedade, número que cresceu 4,9% em relação há um ano.
Por outro lado, o valor das transações aumentou em 45%, até US$ 24,2 milhões.
Melhor do que ter que usar a garantia do produto é não precisar chegar à assistência técnica -a perspectiva de não enfrentar longos telefonemas ou visitas é sempre positiva. Para isso, a Folha procurou fabricantes e perguntou o que o consumidor deve fazer para evitar esse transtorno.
Um dos conselhos mais recorrentes foi: é preciso ler o manual. "As pessoas chegam aqui sem ter lido as instruções", contou Paulo Fernandes, que coordena uma das assistências autorizadas da Panasonic. Já a HTC informa que 95% dos casos resolvidos pela sua central são relacionados a informações, em sua maioria, presentes nos guias.
Philips e HTC falam em mudança de consumidores e aparelhos como algo que motiva reclamações. Segundo a Philips, os problemas mais recebidos estão ligados às novas funções dos eletrônicos que "carecem de um maior aprendizado do que os produtos tradicionais". A HTC fala em um novo consumidor, que acabou de adquirir o primeiro smartphone.
A LG aponta treinamentos e cursos como uma das saídas ao problema. Segundo a empresa, as solicitações mais atendidas por suas assistências estão ligados a dificuldades de uso como a configuração do teclado ou o uso de programas incompatíveis com o sistema operacional.
Quanto a câmeras fotográficas, a Kodak informa que o problema mais relatado está ligado ao fato de a câmera não ligar. Para isso, a empresa indica o uso de pilhas ou baterias recomendadas no manual.
Para celulares, a Nokia recomenda limpeza e não exposição a temperaturas extremas. Segundo a empresa, os maiores problemas apresentados à sua central estão ligados à oxidação das placas dos telefones ou a danos causados por quedas.
Sony, Canon, Dell e Apple foram procuradas, mas não responderam.
Quinze anos após sua saída do Brasil, a taiwanesa Acer volta a se instalar no país. Conhecida por seus notebooks e netbooks, a fabricante já está produzindo seus equipamentos no país e fechou um acordo de distribuição com a americana Ingram Micro, líder nesse tipo de negócio no mercado brasileiro.
Agora, seus produtos poderão desfrutar dos benefícios fiscais concedidos aos demais concorrentes no Brasil e estarão presentes nos principais varejistas. Ao todo são 10 mil revendas associadas à Ingram Micro. Os pedidos já podem ser feitos e os produtos são os mesmos disponíveis no exterior.
O responsável pela empresa no país é o gerente-geral da Acer nos EUA, Mark Hill. Por enquanto, ele deve acumular funções até que a operação esteja devidamente consolidada.
O executivo Drew Goldman também está à frente da operação brasileira. A folha tentou entrevistá-los, mas eles não responderam até o fechamento desta edição.
Fundada em 1976, a Acer se consolidou no mercado mundial ao adquirir a concorrente americana Gateway por US$ 710 milhões, em 2007. O negócio foi uma jogada estratégica porque a Gateway tinha preferência de compra na companhia americana Packard Bell, caso ela estivesse à venda. Naquele mesmo ano, a chinesa Lenovo fez uma proposta.
Resultado: por ter comprado a Gateway, a Acer acabou adquirindo 75% da Packard Bell e ultrapassou a Lenovo na venda de PCs e notebooks, em 2008. Hoje ela é a terceira maior do ramo, perdendo para HP e Dell.
No Brasil, a história da Acer é cercada de lendas e curiosidades. Uma delas é a de que a companhia teria deixado o Brasil, em meados da década de 1990, porque não conseguiu vender PCs em quantidade suficiente para receber incentivos fiscais do governo. Obrigada a pagar a diferença, ela teria decidido deixar o país. A Acer desmente essa versão e afirma que saiu do Brasil por motivos operacionais.
Desde sua saída, ela passou a atuar no país por meio de distribuidores regionais, que passaram a vender notebooks e netbooks importados. Em pouco tempo, a Acer despontou entre os líderes desse ramo.
No segundo trimestre de 2009, sua participação chegou a 8,3%, aproximando-se da HP, que possui fábrica e uma estrutura comercial de grande porte. Hoje a Acer possui apenas cinco distribuidores.
A Folha apurou que a entrada ilegal dos equipamentos da Acer no Brasil é o que explica esse resultado. Nos últimos anos, a Acer ganhou mercado porque revendedores no Paraguai importavam seus notebooks, que, depois, eram trazidos ao Brasil sem pagar os devidos impostos. Essa prática resultou em preços até 35% menores que os mais baixos do mercado. Com a política do governo Lula de redução de impostos sobre produtos de informática e a crescente oferta de crédito no país pelo varejo e por distribuidores, os computadores trazidos do Paraguai perderam competitividade.
"Mesmo em endereços conhecidos pela venda de artigos de origem duvidosa, já não se encontram produtos mais baratos que os das redes varejistas," diz José Martim Juacida, analista do IDC (International Data Corporation). "Produzir aqui ficou mais interessante."
Em parte, é isso o que explica a chegada da Acer ao Brasil. "Posso garantir que eles têm um plano sério, e não entraríamos nesse negócio se fosse diferente", diz Marcelo Medeiros, presidente da Ingram Micro no Brasil. Segundo Medeiros, o objetivo da Acer é conseguir ampliar seu volume de vendas, atingindo as principais redes varejistas do país.
Outro motivo é o próprio crescimento da economia brasileira e as perspectivas de venda de notebooks e netbooks. "Todos estudam vir para o Brasil", diz Ivair Rodrigues, da IT Data. Estima-se que em cinco anos, no máximo, eles ultrapassarão os PCs. Sinal desse vigor, a chinesa Lenovo tentou adquirir a líder nacional Positivo no final do ano passado.
Cores, formatos, combinações totalmente inesperadas ou usos diferentes de tudo o que já foi antes
visto. Na disputa pelo consumidor, parece que os fabricantes estão atirando para todos os lados.
A prática de desenhar o produto para seduzir o consumidor e tentar aumentar as vendas é chamada
de styling, segundo o professor Luís Cláudio Portugal do Nascimento, que dá aulas de design na
USP (Universidade de São Paulo). "É quando se cria uma forma alternativa, que possa criar uma
necessidade artificial ao consumidor", explica.
Atualmente, uma parte da tendência está associada a produtos ligados no USB ou com luzes do tipo
LED --além de grandes opções de camisetas, que ganham novas funções.
Agente secreto
Outra tendência é a de produtos definidos como "
href="http://www.thinkgeek.com/gadgets/electronic/a0f3/" target="_blank">espiões", que
escondem câmeras e microfones em objetos como relógios de pulso e óculos.
Também existem peças que acabam se tornando engraçadas. Uma delas é o despertador que levanta voo
ao soar seu alarme logo pela manhã e força o usuário a acordar e levantar para desligá-lo.
Mas o design diferente não precisa ser negativo. Novos materiais e texturas são uma tendência do
mercado, segundo o estudante de artes plásticas Gabriel Almeida. Para ele, os novos produtos
trazem leveza e acabamento coeso. Exemplos disso são o Walkman W e o mouse Titanium ID.
Mas o consumidor deve sempre estar atento. "Ele deve levar em conta o uso que será feito e fazer
uma análise crítica. É preciso ver conforto, fatores ambientais e facilidade de limpeza, sem
deixar de lado a estética", diz Nascimento.
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