Com mais de 200 novidades, o iOS 5 é uma das atualizações mais substanciais da história do sistema do iPhone, do iPad e do iPod touch e o faz se recuperar de algumas desvantagens em
relação ao Android, do Google.
Não é mais preciso usar cabos para sincronizar dispositivos com iOS com o iTunes, e as próximas atualizações do sistema poderão ser feitas do aparelho, sem a necessidade de ligá-lo a um
computador.
Outra novidade importante é a Central de Notificações. Antes inconvenientes, as notificações do iOS agora são discretas e configuráveis.
Seria melhor, porém, se na barra superior aparecessem os ícones dos aplicativos que têm notificações novas, como no Android. Se o usuário deixou de ver alguma notificação no momento
em que ela apareceu, precisará deslizar o dedo para baixo a partir da barra para ver se há algum aviso novo.
Para quem gosta de ler revistas e jornais, uma das novidades mais úteis é o Newsstand (Banca), pasta especial que reúne publicações e permite que novas edições sejam baixadas ao
fundo.
Nos testes da Folha, o recurso funcionou bem com jornais como o "Guardian" e o "New York Times", mas de forma irregular em outros, como o "Daily".
A intenção do governo da Índia de censurar conteúdos da internet encontrou a rejeição de empresas do setor e, principalmente, dos internautas, que estão usando as redes sociais para
ridicularizar o ministro das Comunicações do país, Kapil Sibal.
Recentemente, Sibal revelou que entrou em contato com os gerentes das mais importantes redes sociais e buscadores para a eliminação de conteúdos "censuráveis", o que incomodou os
internautas.
Os fóruns na rede foram alimentados com opiniões contra a simples possibilidade de censura na internet. No Twitter indiano, as tags mais publicadas tem o nome do ministro, a
combinação mais popular delas "#IdiotKapilSibal" ("Kapil Sibal Idiota").
De acordo com a imprensa local, a iniciativa do Executivo indiano surgiu por causa da publicação de fotos manipuladas do primeiro-ministro, Manmohan Singh, e da líder do governante
Partido do Congresso, Sonia Gandhi --o que deu origem a piadas que sugerem um possível nome para a lei de controle: SONIA, como sigla de Social Networking Inspection Act (Norma de
inspeção das redes sociais).
Além disso, a ideia do ministro Kapil também encontrou a oposição de sites como Google e Facebook, e embora reconheçam "o interesse do governo em minimizar o conteúdo abusivo" na
rede, os responsáveis do Facebook na Índia disseram em comunicado que seu portal já possui mecanismos para eliminar textos e imagens contrárias a sua própria normativa interna.
Segundo dados do Facebook, a Índia é, com 34 milhões, o terceiro país do mundo com mais usuários desta rede social, atrás apenas dos Estados Unidos e da Indonésia.
Em comunicado citado pela agência local Ians, o Google Índia disse que "é preciso diferenciar o que é polêmico do que é ilegal" e também se referiu aos mecanismos de controle de
conteúdos do próprio site de busca.
A oposição dos operadores e internautas não dissuadiu o ministro, que advertiu na terça-feira em entrevista coletiva convocada de surpresa que o governo levará adiante, com a cooperação
das empresas ou sem elas. "Pediremos informação (aos portais), dando tempo para tramitarem. Mas um ponto é certo: não permitiremos esse tipo de conteúdo", disse Kapil.
PROBLEMAS TÉCNICOS
O plano do ministro, contudo, enfrenta ainda problemas técnicos. "No controle da internet há uma dificuldade técnica, já que é impossível que uma máquina discrimine o que é censurável
do que não é", explicou à Agência Efe o responsável de uma organização indiana de estudos sobre a internet.
Para o diretor do Centro Internet e Sociedade, Sunil Abraham, o problema é mais ético do que tecnológico, já que "apenas um juiz está habilitado para eliminar conteúdos, e precisa de
evidências dos danos cometidos, o que é quase impossível quando há censura prévia".
Pelos dados oficiais do governo, a Índia é o mercado de telecomunicações que mais cresce no mundo, no qual a cada mês se acrescentam 18 milhões de novas conexões e que deve chegar
aos 200 milhões de assinantes em 2020.
Esta intenção governamental de controlar os conteúdos da internet não é exclusiva da Índia. São muitos os países que impuseram controles, ou ao menos tentaram. As mensagens de
celulares passaram pelo mesmo crivo.
Há um mês, o organismo regulador da telefonia celular no Paquistão tentou impor uma lista de termos censuráveis ou diretamente proibidos nas mensagens. A lista, que incluía termos
religiosos como Jesus Cristo, vazou para a imprensa, gerando uma série de desmentidos oficiais e levando à desistência do projeto de censura.
Uma firma japonesa que se instalou nos EUA em setembro faz sucesso com um serviço barato para transformar livros em arquivos digitais.
Quem tiver desapego material suficiente em relação a seus exemplares de papel e tinta pode tê-los prontamente transformados num arquivo PDF, desde que esteja disposto a enviar o
original para reciclagem.
Em três meses de operação no país, a 1DollarScan diz já ter escaneado mais de 50 mil livros. Atendendo clientes de diversas
partes do mundo (Brasil incluído), o negócio está se expandindo graças ao preço competitivo. Com cerca de US$ 5, é possível ter um livro de 200 páginas transformado num arquivo digital.
O original de papel tem de ser destruído para evitar violação de copyright. A lei americana não permite que um exemplar a mais de uma obra seja introduzido no mercado.
Um bibliófilo mais conservador pode se perguntar por que alguém destruiria um livro real. A empresa, porém, diz ter sido procurada por muitos clientes que buscam "acessibilidade" de
informação ou simplesmente precisam de mais espaço livre.
Um dos atrativos é que o PDF criado pela 1DollarScan é construído com um software de OCR (reconhecimento óptico de caracteres), que produz um arquivo de texto digital em vez de meras
páginas fotografadas.
É uma vantagem para livros sem índice remissivo, por exemplo, que passariam a contar com recurso de busca por palavra-chave.
O segredo do serviço barato, diz a empresa, é a automação. Aliada à multinacional Canon, a BookScan (matriz japonesa da 1DollarScan) desenvolveu um programa para uso industrial que
processa informação mais rápido do que softwares de OCR mais populares, como o da Adobe.
"A maior vantagem do nosso sistema é que ele escaneia a imagem e faz o OCR simultaneamente", disse à Folha Mike Kiyamori. gerente de marketing da empresa. "Em um
processo convencional, é preciso escanear o material e depois usar outro software para fazer o OCR, o que dobra o tempo de trabalho."
Livros Fatiados
A 1DollarScan também adotou um método prático para desmontar os livros -um cenário de horror para bibliófilos. "Temos um cortador eletrônico de papel que extrai a lombada dos livros e
os desmonta", diz Kiyamori.
"Depois, alimentamos o scanner com as folhas, e no fim do processo elas são empilhadas para reciclagem."
O sucesso rápido está fazendo a empresa pensar em expansão. Com clientes pelo mundo, a 1DollarScan recebeu ofertas para abrir filiais na Europa e na Austrália.
"Estamos discutindo se devemos expandir o negócio ou abrir um sistema de franquia", diz. "Por ora, a Fedex ganha mais dinheiro do que nós quando um cliente manda um livro de fora do
país."
USO JUSTO
Essa facilidade para criar livros digitais já preocupa editoras: arquivos em PDF são facilmente pirateáveis.
"O serviço é de legalidade questionável", diz Allan Adler, do setor jurídico da Associação de Editoras Americanas. "Se tenho a cópia de uma obra no meu computador, posso anexá-la a um
e-mail e enviá-la a um amigo. Ele terá uma cópia nova, e eu ainda terei a minha", acrescenta.
Segundo o advogado, a lei atual de direitos autorais já permite que editoras tentem notificar a nova empresa para impedir que determinado livro seja escaneado.
A 1DollarScan diz que a lei considera "uso justo" criar arquivos digitais para uso pessoal. No contrato de serviço, em todo caso, a empresa se exime de responsabilidade sobre o que é feito
com o PDF após a entrega.
A Folha lança um novo aplicativo para tablets e celulares. Ele é baseado em tecnologia HTML5 o que torna possível unificar a experiência do leitor em distintos aparelhos, além de
fazer atualizações mais rápidas do programa.
A versão de lançamento foi feita sob medida para os tablets iPad, da Apple, e Galaxy Tab, da Samsung, e para os celulares iPhone 4 e 4S (Apple) e Galaxy S (Samsung). Em breve haverá
versões para outros modelos.
O aplicativo pode ser visto pelo navegador de internet normal dos tablets e dos celulares, no seguinte endereço: app.folha.com. Após o primeiro acesso, é possível criar um ícone na área
de trabalho do aparelho, para entrada direta.
O programa dá acesso aos textos e imagens da versão impressa do jornal e às atualizações mais importantes do noticiário do dia.
A ideia é que o leitor encontre ali uma seleção clara do que mais relevante há para ler naquele momento, incluindo relatos dos últimos acontecimentos e textos de análise e do time de
colunistas da Folha.
O conteúdo poderá ser acessado gratuitamente durante o período de degustação. Depois disso o jornal oferecerá planos de assinatura e de leitura diária. Assinantes da versão impressa do
jornal terão acesso gratuito.
"A linguagem HTML5 representa uma evolução do HTML tradicional, origem da web", diz o editor-executivo da Folha, Sérgio Dávila. "Publicações de todo o mundo trabalham em
aplicativos HTML 5 para apresentar seu conteúdo móvel. A Folha é a pioneira entre os grandes diários brasileiros."
No exterior, o caso de maior sucesso até agora é o do "Financial Times". O jornal britânico diz que seu aplicativo já registrou mais de 1 milhão de usuários.
Graças ao HTML5, o "Financial Times" conseguiu se livrar de diversas restrições impostas pela Apple, fabricante do iPad.
O aplicativo anterior do jornal britânico era feito em iOS,o sistema operacional dos aparelhos da Apple, e distribuído a partir da loja da empresa americana.
A Apple exige que todos os programas distribuídos na App Store seja aprovados previamente por ela, o que atrasa a inclusão de novos elementos no aplicativo. Além disso, a empresa fica
com 30% das vendas.
A Folha também tem aplicativos em iOS, disponíveis desde o ano passado na loja da Apple, tanto para o iPad quanto para o iPhone. Eles continuarão sendo atualizados por
enquanto.
O HTML5 melhora a experiência do usuário na visualização de vídeos.
Os aparelhos da Apple não rodam a linguagem Flash, que se tornou a mais utilizada na publicação de vídeos em computadores - daí o "branco" que muitos leitores enxergam ao visualizar
páginas no iPad e no iPhone. Com o avanço da tecnologia HTML5, esse problema deixará de existir.
A empresa especializada em transações financeiras on-line PayPal lançou um aplicativo que permite aos usuários do Facebook enviar dinheiro pela rede social.
O aplicativo Send Money, especialmente desenhado para o Facebook pela PayPal, permite aos membros da comunidade on-line enviar dinheiro para seus amigos por meio de uma
transferência via internet.
"Estamos unindo a maior empresa de transações financeiras on-line à maior rede social do mundo, para tornar ainda mais fácil o envio de dinheiro entre amigos e familiares", disse JB
Coutinho, diretor de marketing da PayPal.
A PayPal não cobrará pelo envio do dinheiro entre os usuários do Facebook nos Estados Unidos se as transações forem realizadas por meio de contas bancárias ou do serviço financeiro on-
line da empresa, propriedade do eBay.