Os órgãos de defesa do consumidor afirmam que o cliente pode pedir a devolução do dinheiro pago pelo conversor ou a TV com o aparelho já embutido que não funcionar na sua casa por estar em uma área de sombra de recepção do sinal.
Luiz Moncau, advogado do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), diz que o varejista tem a responsabilidade de, na hora da venda, informar ao consumidor todos os problemas que podem ocorrer, pois ele "não tem obrigação de saber". "O direito à informação está previsto na lei."
No entanto, se o cliente estiver ciente dos empecilhos à recepção e ainda assim comprar o aparelho, o ressarcimento deixa de ser obrigatório. Por isso, a recomendação é que o consumidor só adquira o equipamento se a loja se comprometer a devolver o dinheiro. "Não vale a pena correr o risco."
Maria Inês Dolci, da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), concorda que o varejista deve dar as informações necessárias, mas ressalta que o fabricante também deve colocá-las no manual do produto.
Mesmo que varejistas e fabricantes não sejam os "culpados" pela falta de recepção do sinal, Eduardo Zuliani, diretor da Fundação Procon-SP, argumenta que o prejuízo não pode ficar com o consumidor "porque o produto é inadequado ao fim a que se destina".
Segundo os grandes varejistas procurados pela reportagem --Grupo Pão de Açúcar, Wal-Mart, Carrefour, Casas Bahia, Ponto Frio e Fnac--, ainda não houve pedidos de ressarcimento.
Uma boa máquina não depende apenas da
Jocelyn Auricchio
É normal ouvir, de vez em quando, a história de alguém que comprou um computador novinho, com um processador de último tipo, e ficou amargamente arrependido. Em vez de experimentar o desempenho prometido, o consumidor se vê preso em um oceano de lentidão, com tarefas básicas, como o simples abrir de janelas ao mesmo tempo que se roda o Word, demorando demais. Às vezes a lentidão é tanta que o desesperado consumidor apela ao PC velho.E de quem é a culpa? O fabricante do processador mentiu? O sistema operacional é ruim? Com freqüência a culpa é da falta de equilíbrio entre os componentes do PC. Às vezes, para baratear o custo da máquina, alguns fabricantes de computadores economizam em alguns componentes essenciais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta sexta-feira o programa que facilita a compra de computadores portáteis (laptops) pelos professores do ensino básico, técnico e superior. O objetivo é financiar a compra para os professores, com juros mais baixos, por meio de bancos públicos e privados. A expectativa é atingir cerca de 3,4 milhões de professores.
Os laptops poderão ser adquiridos por até R$ 1.000, pagos em até 24 meses. O preço inclui despesas com transporte, frete e seguro. Segundo assessores do presidente, o programa começará em agosto em 70 municípios e, depois, se estenderá para as capitais.
O programa não abrange os professores de cursos pré-vestibulares nem de idiomas, academias de ginástica e música.
A previsão é que em três meses todos os professores do país sejam beneficiados pelo programa. De acordo com o Ministério da Educação, o programa conta com apoio de instituições financeiras e fabricantes de computadores.
O ministério informou também que, por meio do programa, os computadores vendidos serão com memória principal de no mínimo 512 MB e possibilidade de expansão de 1Gb, unidade de armazenamento com capacidade mínima de 40GB, tela plana LCD e CRT, entre outros aspectos.
O número de PCs em uso no planeta ultrapassou 1 bilhão, com forte crescimento dos mercados emergentes, e esse número pode dobrar até 2014. O dados foram
divulgados nesta segunda-feira (23) pela consultoria Gartner.
O centro de pesquisas espera que 180 milhões de computadores serão substituídos só neste ano. Atualmente, os mercados desenvolvidos contam com 58% dos
computadores utilizados, mas no próximo bilhão farão parte de apenas 30%.
O Brasil vendeu 2,82 milhões de PCs no primeiro trimestre deste ano, o equivalente a cerca de 21,5 unidades por minuto, segundo adiantou a Folha Online neste
mês.
O resultado representa uma alta de 18,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram vendidos 2,378 milhões de computadores. A expectativa é que
o Brasil feche 2008 com 13 milhões de máquinas vendidas, o que faria do país o quarto maior mercado de PCs do mundo, ultrapassando o Reino Unido.
Os resultados de 2007 colocaram o Brasil na quinta posição, atrás de Estados Unidos, China, Japão e Reino Unido.
O inverno mal estreou e eletrodomésticos imprescindíveis também sofrem com faltas eventuais, nas redes da Capital, e crônicas, no Interior. O presidente da
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDLs), Vitor Koch, informa que o suprimento de aquecedores, principalmente a óleo e elétrico, aparelhos de
ar-condicionado e os tradicionais fogões a lenha já é problema em muitas lojas. Fogão a lenha, com clientela no Interior, pode levar 30 dias para entrega. A
queda de temperatura bem mais cedo impulsiona a projeção da FCDL de crescimento de mais de 12% nas vendas no inverno de 2008 frente ao ano anterior. Os
valores dos produtos também favorecem o consumo. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em Porto
Alegre, mostra deflação no segmento. Os preços de ar-condicionado caíram 5% desde janeiro. Já os dos aquecedores recuaram 1,74% no mesmo período. A
inexistência de aumentos e até queda, enquanto as vendas explodem, aquece ainda mais a procura, acrescenta o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas
(CDL) da Capital, Vilson Noer.
A direção do fabricante de aquecedores eletroportáteis Cadence, com sede em Caxias do Sul, na Serra gaúcha, recusa novos pedidos desde o começo do mês. O
coordenador de marketing da empresa, Luciano Benedetti, contabilizou, na sexta-feira passada, as últimas 521 peças no estoque, todas reservadas para
encomendas programadas desde dezembro de 2007. Com clientela varejista no Sul e Sudeste do País, Benedetti explica que os aparelhos são montados na China, o
que inviabiliza a reposição de modelos até o final da estação. "Quem não se programou em dezembro do ano passado, ficou sem", lamentou o diretor de marketing
da empresa. O único consolo dos pretendentes é que o fabricante já está formando a lista para as encomendas de 2009. As redes Big e Nacional, do Wal-Mart
Brasil, registram o dobro da comercialização de aquecedores desde maio. A companhia foi precavida e reforçou os estoques para evitar desabastecimento.